domingo, dezembro 28, 2008

BOM ANO 2009!
[tuturururu]

sábado, dezembro 27, 2008

O meu porto

Hoje estou naqueles dias em que de dia só fiz o que raramente faço todos os dias. Fiz alguns trabalhos de costura com a minha sobrinha mais velha e com a mais nova, desenhos com pintura incluída, com recurso ao cartão que vem nas embalagens do leite consumido cá por casa. Estes momentos em que estou com elas são quase sempre maravilhosos pela calma e carinho que me transmitem. Esqueço momentaneamente o mundo lá fora e tento, por vezes, mostrar-lhes que o mundo não é feito de Barbies, nem de Nodis…sem exageros, dramas pois, claro está, não só a vida se encarregará de lhes mostrar o caminho a seguir, com as aprendizagens, como, espero, terão oportunidade de viver muitos momentos felizes.
Resumindo, a minha família é realmente o meu porto de abrigo. Onde choro, rio, canto, ralho, discuto, opino… E só ela tem significado para mim neste período. Poderia ter um Natal sem luzinhas, sem peditórios, sem árvores, sem bacalhau, sem presentes… Mas nunca, sem o afecto da minha família. Daquele abraço de mãe que só ela sabe dar, aqueles sorrisos com o grito “TIA” junto a desenhos com mensagens incluídas, feitos propositadamente para mim, com aquele “Tudo bem?”, do irmão, com a festa sobre a cara do marido da minha mãe; entre alguns telefonemas das tias. É com eles que paro, repouso, fortaleço-me, oriento a caminhada por vezes torta. E compreendo melhor a minha existência.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

If

Se o Natal fosse todos os dias... isto seria uma grande chatice. Por agora mando tudo à fava e limito-me a ouvir esta música; nem sei ao certo do que trata; trata, contudo, a minha impaciência que se agudizou nos últimos dias. Sendo uma música que gosto, deixo-a aqui especialmente para o Manuel e o Artur, com desejos de Boas Festas.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

A escrita

Aqui e em outros espaços tenho escrito. Sobre coisas, momentos, satisfações, emoções vividas ou imaginadas. Tenho um apreço muito grande pelas palavras e pela escrita em particular. Gosto de escrever, simplesmente. E por vezes dou por mim a criar ou a imaginar situações que para mim em concreto não significam nada; expressam só a minha vontade de escrever, mais uma vez, simplesmente; por vezes nem as quero a viver! Se assim fosse, coitados os escritores profissionais que criam histórias do arco da velha... Não sei por quê, ou talvez saiba, acho sempre piada a alguns críticos quando gostam de entender interpretações muito para lá da obra, simples do escritor. Não me considero uma escritora, longe disso, apenas uma amadora das palavras. Acho piada à brincadeira que nos permite ter com as palavras, colocadas em determinadas situações; no texto. É para mim interessante criar contextos, personagens para uma dada história que escrevo mas, são e só isso, situações. Não significam que pense vivê-las, que já tenha vivido ou sobre as quais tenha alguma intensão. Simplesmente, por vezes, podemos ter uma ideia sobre determinada situação e desdobrá-la nos contextos que quisermos. Colocar várias nuances só porque fica bem no texto, não porque queremos que isso suceda ou já tenha sucedido connosco. O trabalho de escrita é sem dúvida, quando estou para aí virada, um dos que gosto de vez em quando ou de quando em vez desenvolver. Para os grandes escritores, esses sim, procuram, provavelmente, ou não, desenvolver com a obra um determinado conteúdo que consideram pertinente para eles. Da minha parte gosto da palavra escrita. E da possibilidade de serem criados aqui, junto ao meu teclado muitos cenários possíveis; que depois vistos e revistos, na maior parte das vezes, não passam disso mesmo, cenários. Só isso. Não sei porquê mas hoje apeteceu-me escrever sobre a escrita e a minha relação, talvez desprendida, sem nenhum propósito ou intensão. Só escrever. Imaginar. Criar. Nada mais.

À minha maneira

Certas palavras podem não dizer nada.
Certos olhares valem menos do que mil palavras.
Certos momentos fazem-nos lembrar que existe um mundo lá fora.
Certos gestos parecem sinais que guiam-nos para outros caminhos.
Certos toques parecem não estremecer coração nenhum.
Certos detalhes dizem-nos que nem todas as pessoas são especiais.
Assim como você que deixará lembranças para todo o sempre.

Vinicius de Moraes (adaptado)

domingo, dezembro 14, 2008

Certas palavras podem dizer muitas coisas;
Certos olhares podem valer mais do que mil palavras;
Certos momentos nos fazem esquecer que existe um mundo lá fora;
Certos gestos,parecem sinais guiando-nos pelo caminho;
Certos toques parecem estremecer todo nosso coração;
Certos detalhes nos dão certeza de que existem pessoas especiais,
Assim como você que deixarão belas lembranças para todo o sempre:

Vinicius de Moraes

Diálogos reflexivos (16)

- Como é que vai?
- Vou andando. E você?
- Também vou andando. Até parar.
Epá! Voltei ao início... Não era bem isto que queria... Mas agora fica assim. Com tempo coloca-se tudo no lugar e no sítio certo.

sábado, dezembro 13, 2008

Confesso

Nos últimos tempos a vontade de escrever afastou-se de mim. Principalmente a escrita, esta. Aqui. Assim como o meu plano diário que passava por algumas ocupações simples - que a maioria dos humanos no mundo ocidental têm ao seu dispor e fazem parte de um direito simples ao lazer – como leitura de livros, idas ao cinema e ao teatro (que adoro), visita a exposições… foram abatidos nos últimos anos, por uma série de sentimentos, imposições e burocracias; principalmente por esta última, que só serve para aprisionar o ser humano; acorrentá-lo. Embora alguns, também existem, considerem tal aprisionamento necessário pois, afincam, sem qualquer experiência e conhecimento, esta é a única forma de andarmos todos aqui direitinhos… ou endireitados; sem poucas vergonhas, dizem outros cómo deves seres.
Eu, por minha parte, declaro por experiência própria que ando cada vez mais tombada, desanimada, desiludida e sem porra de motivação para fazer ou preencher papeis… e outros etecetras, Sempre trabalhei e muito. Criei, desenvolvi e participei em projectos vários, ocupei alguns cargos e recusei outros, escrevi textos em diferentes formas para diferentes contextos; muito para lá do meu estaminé limitado de espaço e de tempo de trabalho. Todavia, o meio em que me desloco também é dos que, entre outros existentes pelo país, atribui o mérito, por vezes, à mediocridade e à esperteza saloia… - duas características que fujo a sete pés, às quais alio a graxisse vendida ou, em determinadas situações, dissimulada. Assim, este modelo não se adequa à minha personalidade pois fode-me de várias formas e maneiras (estilo machista que abomino) e, para além do mais, coloca-me ao mesmo nível dos adoradores dos papeis e exterminadores da biologia humana, se bem me faço entender. Ah, pois é! Ah pois que não tenho medo de avaliações!
Dizem-me outros que em estado de luta não podemos baixar os braços e a ordem deverá ser sempre lutar, lutar. Mas, infelizmente, os meus braços têm andado algo enfraquecidos com o peso que lhes colocaram em cima e isso reflecte-se nos dedos que agora aqui escrevem. Talvez este não seja o vosso estado de alma, amigos que por aqui passam. Mas realmente andei a reabilitar-me de tanta insensatez humana, com a elaboração de mais projectos e respectiva concretização(!) e cada vez mais virada para e só o meu guiché de atendimento, com o relógio sobre a mesa. Eu, que burrocrata quase me confesso... Um abraço ao Manuel e ao Artur.