quarta-feira, abril 05, 2006
terça-feira, abril 04, 2006
Amo amar
À medida que a idade avança, os pensamentos também mudam e adaptam-se a outros contextos, experiências, expectativas, sonhos… à medida que amamos e descobrimos novas formas de amar. Amar é tão importante como respirar. Sem amor tudo poderá ficar reduzido a um mero lamaçal, a um filme em estado de pause ou stop definitivo, ou um livro numa estante nunca aberto. Tudo poderá parecer nada. Por nada importará viver. Sobrevive-se arqueado sem os cinco sentidos activos, desactivado o sentir do coração a bater forte, forte.
Existem várias maneiras, modos, formas, tipos de amar. Mas verdade também é que muitos não amam coisa alguma. Coisas. Objectos. Pessoas. Lugares. Animais. Locais. Livros. Sonhos... Nisto aqui me confesso militante partidária do amor pois, não só é algo em que acredito como só a permanência de tal sentimento na minha vida me permite manter uma espécie de GPS Top de gama ligado em estado quase quase permanente, a distribuir-me indicações várias em tempo mais ou menos adequado sobre o melhor caminho a seguir, limitando as hipóteses de permanecer até aos fins dos meus dias numa qualquer encruzilhada sem saída, num buraco íngreme ou num qualquer sofá com uma treta de quadrado chamado televisor à frente. Contudo, apesar de gostar de determinadas rotas, de vez em quando ou de quando em vez perco-me. E também gosto, se gosto... sem medo dos danos que possam ocorrer. Desligar quase todo o sistema electrónico, deixar activos os serviços mínimos da racionalidade e ser conduzida pelo piloto automático, sempre disponível para qualquer aventur. Entre isto, considero pobres os que pouco ou nunca amaram e os que nada se perderam, infiéis à vontade. De viver.
No meu GPS, para além de alguns erros de ligação, também já ocorreram avarias, falhas de transmissão, queimaduras de fusíveis…que possibilitaram quase sempre melhorar o velho, substituir velhas peças por umas ainda melhores, mais fortes e resistentes. A preocupação em mantê-lo, o GPS, no melhor estado possível é agora directamente proporcional aos anos que vou acumulando e assim sendo, é comum realizar em maior número e em menor espaço de tempo: revisões, reciclagens, updates, adaptações… acções em busca da afinação ideal, quase perfeita, provavelmente inatingível. Isto por que amo. E é o amor o que me mantém em funcionamento, o meu sistema solar, a minha galáctica, o meu Deus, o meu tudo. E se assim não fosse, acredito, não teria qualuer sentido, norte ou sul, estrelas ou horas, proas ou miras; sem caminho fico à deriva imóvel, estagnada com ervas a crescerem-me pelos ouvidos, pés, mãos, olhos… a fixarem-me à terra.
Amo amar, sem medos ou âncoras no passado. Amo. Sentir um calafrio na espinha, um tremer de pernas, um corar de faces, um céu azul, uma lua cheia, umas estrelas brilhantes no céu, variáveis e números, um concerto, um(a) amigo(a), um livro aberto, um cheiro a madeira, um passeio a pé, uma boa conversa, uma fotografia, vários raios de sol a baterem-me na cara, uma praia deserta, uma música antiga, um toque de mãos, um abraço forte, um olhar intenso, um filme a preto e branco, uma pintura a carvão, uma viagem, um jantar, um tomar banho na praia à noite, um bom vinho, uma cigarrilha, uma grafonola, um passo de dança e a intensidade de um carpe diem… Amo amar e por agora só isso me basta. Será pouco?
Actualização: sim, é verdade, admito, estou na minha fase sixties... e depois? Há dias assim...simplex, depois muito exposta ao choque tecnológico de um carro
Existem várias maneiras, modos, formas, tipos de amar. Mas verdade também é que muitos não amam coisa alguma. Coisas. Objectos. Pessoas. Lugares. Animais. Locais. Livros. Sonhos... Nisto aqui me confesso militante partidária do amor pois, não só é algo em que acredito como só a permanência de tal sentimento na minha vida me permite manter uma espécie de GPS Top de gama ligado em estado quase quase permanente, a distribuir-me indicações várias em tempo mais ou menos adequado sobre o melhor caminho a seguir, limitando as hipóteses de permanecer até aos fins dos meus dias numa qualquer encruzilhada sem saída, num buraco íngreme ou num qualquer sofá com uma treta de quadrado chamado televisor à frente. Contudo, apesar de gostar de determinadas rotas, de vez em quando ou de quando em vez perco-me. E também gosto, se gosto... sem medo dos danos que possam ocorrer. Desligar quase todo o sistema electrónico, deixar activos os serviços mínimos da racionalidade e ser conduzida pelo piloto automático, sempre disponível para qualquer aventur. Entre isto, considero pobres os que pouco ou nunca amaram e os que nada se perderam, infiéis à vontade. De viver.
No meu GPS, para além de alguns erros de ligação, também já ocorreram avarias, falhas de transmissão, queimaduras de fusíveis…que possibilitaram quase sempre melhorar o velho, substituir velhas peças por umas ainda melhores, mais fortes e resistentes. A preocupação em mantê-lo, o GPS, no melhor estado possível é agora directamente proporcional aos anos que vou acumulando e assim sendo, é comum realizar em maior número e em menor espaço de tempo: revisões, reciclagens, updates, adaptações… acções em busca da afinação ideal, quase perfeita, provavelmente inatingível. Isto por que amo. E é o amor o que me mantém em funcionamento, o meu sistema solar, a minha galáctica, o meu Deus, o meu tudo. E se assim não fosse, acredito, não teria qualuer sentido, norte ou sul, estrelas ou horas, proas ou miras; sem caminho fico à deriva imóvel, estagnada com ervas a crescerem-me pelos ouvidos, pés, mãos, olhos… a fixarem-me à terra.
Amo amar, sem medos ou âncoras no passado. Amo. Sentir um calafrio na espinha, um tremer de pernas, um corar de faces, um céu azul, uma lua cheia, umas estrelas brilhantes no céu, variáveis e números, um concerto, um(a) amigo(a), um livro aberto, um cheiro a madeira, um passeio a pé, uma boa conversa, uma fotografia, vários raios de sol a baterem-me na cara, uma praia deserta, uma música antiga, um toque de mãos, um abraço forte, um olhar intenso, um filme a preto e branco, uma pintura a carvão, uma viagem, um jantar, um tomar banho na praia à noite, um bom vinho, uma cigarrilha, uma grafonola, um passo de dança e a intensidade de um carpe diem… Amo amar e por agora só isso me basta. Será pouco?
Actualização: sim, é verdade, admito, estou na minha fase sixties... e depois? Há dias assim...simplex, depois muito exposta ao choque tecnológico de um carro
domingo, abril 02, 2006
Verbo: sonhar
Sonho contigo. Depois de ontem, sonho ter-te hoje e amanhã. Na manhã, na tarde ou na noite. Sonho. Contigo. Depois de ontem. Estarás comigo hoje?