sábado, dezembro 30, 2006
Reflexo Absoluto
Vivam 2007!!!!! E blá blá blá...
Por esta altura também é vulgar levantarmos o tapete da porta de entrada e ver a sujidade que não limpamos por mais um ano. Muitos ultrapassam as fronteiras do umbigo e do universo familiar, deles, muitos, e como que submersos de um estado de coma acordam todos os anos com ar espantado ÔÔ e com a boca também espantada: O, aberta, de onde saem em direcção ao chão mais uma vez palavras, a merecer atenção no espaço "Expressa-te" deste blog: como é quéééé possível?, Coitados… Olha, olha a miséria! Nã quero ver - nem deveria ver mesmo; onde está a bolinha? A sério! Esta gente não se embebeda?! Não acredito... E blá blá blá e blá blá.
Chegados a moi, mais uma vez a verdade verdadinha, posso confirmar o diagnostico feito por myself – padeço de um déficite natalício. Ora vejamos, não gosto dos pobrezinhos e das criancinhas coitados e coitadas que aparecem na televisão envolvidos pelo calor do discurso jornalístico, nem de compaixões feitas à pressa por que ficam bem, não gosto de prendas nem de enfeitar a casa porque é natal, nem de amigos natalícios, não gosto de jantares de natal com os colegas de trabalho ou almoços ou coisa que o valha, nem de muitas mensagens sms iguais…não gosto de amigos secretos, nem de peditóros natalícios, não gosto de bacalhau cozido, não gosto de… blá blá blá e blá blá. Gosto de olhar nos olhos, com movimento nas mãos e palavras soltas nos actos que se fizeram ou fazem. Gosto das cuecas altas que a tia oferece embora não as use, gosto daqueles presentes dos 300 daquela amiga, gosto do bolo-rei da pastelaria Versailles, gosto dos sonhos da minha mãe em calda, gosto daquelas coisas todas de natal feitos à mão, gosto de todas as prendas da minha avó com 90 anos, gosto dos pijamas tipo anos 80 com folhos que a minha mãe insiste em dar-me, gosto do olhar de uma criança quando recebe um abraço depois de ter recebido aquele brinquedo… e gosto muito mais daquele abraço forte da mãe, mais um natal, do olhar brilhante das tias entre chá e conversas sobre a vida de outros tempos difíceis mas felizes filha, encontros com os amigos em que se trocam as prendas pela conversa viva, e … blá blá blá e blá blá.
Já cansada de tanta bolinha, luzinha, anjinho, pai natalzinho… chego ao novo ano com lágrimas nos olhos num espaço meu, facto ainda por diagnosticar por myself com necessidade de 20 anos de psicanálise contínua. E prontossssss! Vivam 2007!!!!!
segunda-feira, dezembro 18, 2006
domingo, dezembro 10, 2006
sábado, dezembro 02, 2006
Se a maioria dos filmes fosse assim iria todos os dias ao cinema! Por enquanto vou só ao fim de semana. Mas amanhã vou novamente. Só para ver Ciência dos Sonhos.
Mais uma vez.
Diálogos reflexivos (15)
- Tá? Mas isso não é problema para nós. Se não vem da Noruega vem da Islândia, da Rússia...
sexta-feira, dezembro 01, 2006
domingo, novembro 26, 2006
Ilustra o teu fim-de-semana
Locais
Estes locais, sendo vários, têm só um ponto de intersecção – o mar (bravo). Sobre ele estendo os meus olhos na forma, no jeito, na inquietude com que se formam as ondas, sempre diferentes, irrepetíveis, como a vida. A inconstância (não gosto de muitas rotinas) com uma suposta lógica em estudos marinhos e a aparente não dominação das ondas enormes de contornos sempre diversos entusiasmam-me. Contudo, desagrada-me vê-lo realmente furioso, provocado por lógicas forças em estudos de sismologia.
Mar calmo só ao fim do dia quando estou muito muito cansada e para aí virada ou à noite para deitar-me sobre a manta de água e ficar a olhar as estrelas ou, o teu olhar.
Hoje estive num dos meus locais só-acompanhada e foi óptimo pensar, olhar, pensar no olhar, a pensar; como sempre fiz. Mas, rodeada agora por muitas pessoas que não sentadas sobre a areia surfavam, muitos, corriam vários homens, caminhavam incontáveis mulheres, saltavam, olhavam sós-sós ou sós-acompanhados homens e mulheres. Tanto faz, para mim. Faz-me impressão ver os meus locais invadidos por manias ou modas ou afirmação ou sei lá o quê, produto de uma sociedade: pós-moderna, capitalista, pós-industrial, consumista, da informação, da modernidade tardia, em rede, do conhecimento, de risco, de modernidade líquida, moderna, programada, da 3ª vaga… Com mais ou menos variações, ondulações mais calmas ou extremistas, a navegarem todas no mesmo mar… Nosso. Particular. Xô, vão-se embora! Já cá estava. E estou.
sábado, novembro 25, 2006
Nunca
Nunca tinha visto as árvores em Portugal a abanarem tanto.
Nunca tinha tocado num chapéu com tamanha vontade de voar.
Nunca tinha ouvido pessoas que se encostavam a paredes e libertavam que horror…
Nunca tinha sentido os meus pés quase a descolarem.
Nunca tinha saboreado o meu amor num temporal.
Nunca tinha visto tantos chapéus de chuva vadios.
Nunca tinha tocado em folhas que encontravam o meu rosto.
Nunca tinha ouvido várias buzinadelas estúpidas.
Nunca tinha sentido tantos empurrões da Natureza.
Nunca tinha saboreado um beijo intenso na chuva intensa; de hoje.
Nunca tinha visto muitos carros abanarem-se em simultâneo.
Nunca tinha tocado o meu carro quase em outro carro.
Nunca tinha ouvido tantas pessoas a descreverem sensações.
Nunca. Não tinha. Tenho agora.
terça-feira, novembro 21, 2006
Acontece
Mas hoje mais uma vez acho que isto está cheio de gente porreira com uma paciência de cão. Mesmo quando fazemos as tais coisas organizadas, menos menos, fazemos muitas vezes mal e pelas razões mais estapafúrdias; ou fizemos. Sim, também sou do povinho e sei o que me custa o ganha pão enquanto uns não sei quantos subiram para o senso comum na hierarquia de parvos a espertos…
Bem, vamos lá avançar. Estava numa avenida não sei o quê no meu carro brilhante e lindo e mudo ligeiramente de faixa, mas não sei porquê o pisca manteve-se activo, sem saída de via à vista. Entre cantaroladas silenciosas, raro, ao som de uma rádio com boa música, poucas poucas, entra pela janela do meu carro um capacete com uma cabeça lá dentro, com boca que disse, não precisa do pisca, não vai mudar de faixa. Os meus olhos na cabeça que estavam assim õõ ficaram ÔÕ, sem hipótese de abrir também a minha boca na minha cabeça sem capacete e desliguei de imediato o pisca direito. E lá foi o capacete com cabeça com boca em cima de uma lambreta, a lembrar os nossos motards dos anos 80. Brimmmmmmmmmmm Brim Brim Brim Brimmmmmmmmmmmmm
Há coisas, muitas muitas, que não se explicam, acontecem. Esta menos mal.
quarta-feira, novembro 08, 2006
Parei
quarta-feira, agosto 23, 2006
É chato
quinta-feira, julho 27, 2006
sexta-feira, julho 07, 2006
Prazer
quinta-feira, junho 29, 2006
Momento Zen
sexta-feira, junho 23, 2006
Diálogos reflexivos mas distorcidos
sexta-feira, junho 09, 2006
Testa o teste
Você até tem um certo jeito, e de vez em quando faz um brilharete; mas geralmente anda um bocado à nora. A organização não é o seu forte, você confia em absoluto no instinto. Você é pão-pão queijo-queijo: tudo ou nada! Acha sempre que vai conseguir ter tudo, mas, aqui entre nós, ou fica lá muito perto ou dá uma monumental barraca.
E está tudo dito! Quando é que começamos a jogar? A verdade verdadinha é que estou que já não posso com o mundial...Vamos aos golos.
quinta-feira, junho 08, 2006
Ilustra a semana passada (3)
Com este calor insuportável só me apeteceu chegar a casa, estender-me no chão e deixar-me ficar por uns minutos. Entretanto, o tecto anda a precisar de uma pintura.
Os Pilinhas
Saio de casa e decido deambular pelo meu bairro com uma considerável população idosa e eis que encontro o grupo Os Pilinhas. O grupo Os Pilinhas está em todo lado, sem distinção entre espaço urbano ou rural, ou grupo social económico. São contudo necessárias as condições: ser homem; ser reformado ou, em casos raros, desempregado; e encontrar-se no período da terceira idade, tudo o resto é secundário. No caso de Lisboa, a área observada, Os Pilinhas podem ser vistos em vários sítios, mas o local mais comum da sua presença é o jardim. Sentam-se a jogar especialmente à sueca (quase o único elemento feminino como A cerveja) ou encostam-se uns aos outros à volta da mesa de jogo, enquanto outros, poucos, espalham-se em conversas que invariavelmente têm e só dois destinos: futebol e as quecas dadas no passado.
Sinceramente nunca percebi este fenómeno que faz tanto amontoar masculino, como se mais nada existisse na vida; há quem diga que Os Pilinhas são gays mas eu não vou tão longe, fico-me só por aqui, embora questione tão interessante fenómeno masculino português.
Os Pilinhas tês vários momentos de confraternização. O momento de competição dos Pilinhas é quase sempre num jardim. Através do jogo de cartas, alguns adquirem um estatuto tal que podem mesmo ser vistos como os pilões. Contudo, eles partilham outros espaços. Adoram encontrar-se numa qualquer tasca deste país e aí têm momentos de psicoterapia partilhada pelo colectivo. Lembram-se muitas vezes que têm mulheres e choram compulsivamente ou aparentam uma alegria pouco comum. Outro momento em que podemos ver o grupo Os Pilinhas reunido é num qualquer estabelecimento comercial a acompanharem uma partida de futebol. Neste momento tendem a libertar tensões e quase em uníssono chamam nomes a algumas figuras que aparecem no ecran: vai para o caralho árbitro da merda, não corres nada ca-brão de um caralho ou o caralho do gajo é mesmo frouxo, por exemplo. E mais não digo.
Os Pilinhas tornaram-se assim património nacional em vias de desenvolvimento, poderá encontrá-los perto de si em qualquer lugar e, pelo que já me foi dado a ver, eles também apoiam a selecção nacional. Vivam Os Pilinhas!!!
sábado, junho 03, 2006
E não que eles vieram... trinta e três!!! Fica este paninho de parede pois por aqui já não há pachorra para festejos.
- Diga lá outravez: trin-ta-e-três.
- Tlinta e tlês.
- Não. Diga trin--ta-ta-e-e-trêssss.
-Vinte e três. Não consigo mais...
- Trrrrrinnnnnnttttttaaaaa-eeeeee-três!
-Tlinta e tlês. Não consigo. A sério, não consigo.
quarta-feira, maio 31, 2006
segunda-feira, maio 29, 2006
Passados
Sobreviver é difícil mas, viver, é muito mais. As putas de dificuldades andam instaladas em muitas casas portuguesas, concerteza, encostadas à nossa porta, no vão de escada, em cima do nosso tapete de entrada, no volante do carro, na bomba da gasolina, na prestação que se presta a pedir-nos contas todos os meses… E assim não há nada melhor do que olhar para vida a partir de trás e nunca mais chegar à página que se quer. Mas, afinal, de que vale vivermos à custa de recordações? Recordar será por certo uma forma de viver mas não é viver quando só se vive à custa de um passado atrasado no tempo, quando no tempo se quer o presente, que a existir nos tempos que correm vira-se a cara, foge-se com medo da realidade vista de frente, muitas vezes preta. Há também aquelas pessoas que têm tudo para andarem de peito aberto mas, apanhados por uma espécie de vírus ò tempo volta para trás falam-nos do primeiro brinquedo, do primeiro amor, da primeira queca, da primeira bebedeira, do primeiro golo da selecção, do…da… de tudo o primeiro que os marcou. E marca. Como que cravado na pele, numa espécie de tatuagem pretendessem exibir-nos os impulsos de vida que tiveram e com o que de realmente de significativo já a compuseram.
Claro que a filha da puta da vida nos trinta é tramada cheia de confusões, desentendidos de palavras e sentimentos, colocando a comunicação numa órbita celeste superior. Chegados aos trinta começam a levar-nos a sério e tudo parece demasiado sério, todos os erros tomam uma responsabilidade cada vez maior a que temos de dar a devida conta, dizia-me outro dia uma amiga. E a conta pressupõe mais tudo: em sentimentos e acções, por vezes, com dificuldades de sustentação, em tentativas de levar o barco a porto seguro. A tarefa não é fácil e também por isso é tantas vezes difícil conduzir a vida mas, é melhor sermos nós a conduzir embora correndo riscos de ficarmos perdidos em alto mar do que deixarmo-nos ficar pelo que podia ter sido, submersos em águas estagnadas.
domingo, maio 28, 2006
Parabéns
... isto de chegar aos trintas é tramado, não há quem não nos lembre os anos que temos. Muitos Parabéns Artur, apesar dos atrasos!!!
sábado, maio 27, 2006
Ilustra a tua semana (3)
Timor passa por uma situação difícil desde a sua formação em 1999. Vários militares depois de despedidos em Março realizaram nas últimas semanas vários actos de violência que provocaram várias mortes no território. Actualmente fala-se em tentativas de golpe de estado quando Xanana Gusmão coloca-se como chefe do exército e reforços estrangeiros chegam ao território para acalmar o estado crítico em que o país se encontra. Enquanto isso, em Portugal depois de lençóis brancos, cordões humanos e outros etecetras tudo parece esquecido e como o que sucede com o Iraque ou o Sudão, por exemplo, a morte encontra-se à mesa de jantar de muitas famílias portuguesas como o 'passa-me o pão'. Pois tudo parece nada e nada parece tudo.
quinta-feira, maio 25, 2006
Testa o teste
Who Should Paint You: Salvador Dali |
You're a complex, intense creature who displays many layers. There's no way a traditional portrait could ever capture you! |
terça-feira, maio 23, 2006
Fever
Vicent Altamore. Fever.?
As minhas idas ao ginásio estão a dar os seus frutos, estou a tornar-me numa verdadeira bomba mesmo que não tenha muita pachorra para aquilo. Nem com movimentos oscilantes numa passadeira resisto à leitura, mesmo com um livro à frente ou sem livro.
Festival da Eurovisão da Canção
O Festival da Eurovisão da Canção de agora já não é o que era e se o que era já não volta a ser, fica-nos o consolo de o ter vivido com ar aparlemado de quem estava numa pontinha da Europa e que dos vizinhos mais próximos ou não vinha casamento ou mais adiante, limpeza… Ao mesmo tempo que ouvíamos os programas de poesia de Natália Correia e Mário Viegas, os portugueses abriam a janela ao mundo e deixavam-no entrar nas suas casas por algumas horas. Era o maior acontecimento cultural que a televisão portuguesa emitia e de maior audiência.
Actualmente já ninguém liga àquilo. A pequenada prefere qualquer série animada ou com frutos ou flores e os adolescentes querem mesmo e só ouvir o que mais toca nos rádios… mesmo com a maior parte das músicas cantadas em inglês, a perderem a identidade que as caracterizava. Agora emergem ritmos semelhantes ou já ouvidos em qualquer sítio, a bloquear qualquer curiosidade pela diferença da língua, da cultura, da história… A diferença foi aniquilada.
O Festival da Eurovisão da Canção deixou-se levar no cu. Vendeu-se às grandes empresas discográficas e perdeu qualquer sentido de existência, da minha parte podem encerrar a loja se a coisa continuar. Julgo que será Sábado a emissão em directo de mais um, enquanto eu vou para os lados do Bairro Alto comer um saboroso sushi e beber umas deliciosas caipiroscas. Pois embora a música ainda me acompanhe gosto de tudo ao vivo e a cores. E a vida já não existe no Festival da Eurovisão da Canção. Com a devida actualização só com monstros que pouco têm de musicalmente satânico para além do ar cénico da apresentação. E que vivam os monstros! Mesmo que continue com muito meeeeeeddddddooooooo deeeellllleeeeesssss.
segunda-feira, maio 22, 2006
sexta-feira, maio 12, 2006
Ilustra a tua semana (2)
P.S. : Os meios de transporte devem ser substituídos por diferentes pessoas. Colocadas em diferentes hierarquias de uma dada instituição.
Carrilhada
Mas hoje quebrei os meus momentos de meditação com o clicar de um botão que direccionou-me de imediato ao fenómeno do dia que estará por aí provavelmente para ser estudado como criar à força um best seller. Garanto que ainda não li a treta do livro do Carrilho, nem espero nele gastar os poucos euros que me restam e só me resta dizer que isto não passa de uma palhaçada. Um espectáculo circense da pior envergadura. Pois até gosto de circo.
Se bem nos recordamos, o Sr. Carrilho não fez nada ou fez muito pouco para ganhar a Câmara Municipal de Lisboa. Não apresentou soluções para os problemas da cidade na altura em que devia fazê-lo, não apresentou soluções para salvar a sua campanha quando já nada havia a fazer... Da campanha que protagonizou, indo ao arquivo temporário que guardo no meu cérebro desfilo os títulos a negrito: aproveitamento da imagem da mulher e filho, pagamento de táxis para os idosos, insultos idiotas e postura pedante perante o candidato opositor com cara de totó, tiques variados com mexidas do pescoço para a frente e rápido recuo para trás a parecer qualquer animal da vida selvagem que agora me escapa o nome, contagem dos minutos que intervalavam os tiques referidos durante o debate, recusa do aperto de mão como um puto que perdeu no jogo de berlindes, várias habilidades dançarinas com a mulher, nunca visto por nenhum candidato anterior desde que sou gente e… e… pouco mais. Esta foi para mim a campanha do Carrilho. Sem ideias nem coisa que o valha.
Agora, a questão é saber o porquê deste livro. O porquê é que vivemos no período do drama, a tragédia, do caos… segundo Artur Albarran e segundo moi em que tudo pode valer para o que nada vale. O tipo até pode ser brilhante intelectualmente, uma coisa que não me toque mas o tipo está nitidamente a fazer uma jogada que pensa ele, de mestre. E talvez assim seja. Colocou-se no papel de vítima ingénua, a desconhecer os meandros da política, que tacteia há mais de 20 anos e assim, será provavelmente o primeiro português a destronar o Maior (?) Dan Brown. Que seja. Não sendo talvez esse um dos motivos, bem espremido este livro não deita nem uma gota. Nem uma gota e... Essa é que é essa!
terça-feira, maio 09, 2006
Não vou
Não ter tempo não é desculpa para não escrever.
Não quis escrever.
Não deixei que outros aqui quisessem escrever.
Não desisti de escrever.
Não tenho o direito de escrever.
Não tenho o dever de não escrever.
Não sei qual é a intenção do que estou a escrever.
Não tenho pachorra quando digo que não quero escrever.
Não vou falar em ‘não escrever’.
Não mais vou não escrever.
Não quero escrever que nunca mais irei escrever.
Não.
Vou.
Escrever.
quarta-feira, abril 05, 2006
terça-feira, abril 04, 2006
Amo amar
Existem várias maneiras, modos, formas, tipos de amar. Mas verdade também é que muitos não amam coisa alguma. Coisas. Objectos. Pessoas. Lugares. Animais. Locais. Livros. Sonhos... Nisto aqui me confesso militante partidária do amor pois, não só é algo em que acredito como só a permanência de tal sentimento na minha vida me permite manter uma espécie de GPS Top de gama ligado em estado quase quase permanente, a distribuir-me indicações várias em tempo mais ou menos adequado sobre o melhor caminho a seguir, limitando as hipóteses de permanecer até aos fins dos meus dias numa qualquer encruzilhada sem saída, num buraco íngreme ou num qualquer sofá com uma treta de quadrado chamado televisor à frente. Contudo, apesar de gostar de determinadas rotas, de vez em quando ou de quando em vez perco-me. E também gosto, se gosto... sem medo dos danos que possam ocorrer. Desligar quase todo o sistema electrónico, deixar activos os serviços mínimos da racionalidade e ser conduzida pelo piloto automático, sempre disponível para qualquer aventur. Entre isto, considero pobres os que pouco ou nunca amaram e os que nada se perderam, infiéis à vontade. De viver.
No meu GPS, para além de alguns erros de ligação, também já ocorreram avarias, falhas de transmissão, queimaduras de fusíveis…que possibilitaram quase sempre melhorar o velho, substituir velhas peças por umas ainda melhores, mais fortes e resistentes. A preocupação em mantê-lo, o GPS, no melhor estado possível é agora directamente proporcional aos anos que vou acumulando e assim sendo, é comum realizar em maior número e em menor espaço de tempo: revisões, reciclagens, updates, adaptações… acções em busca da afinação ideal, quase perfeita, provavelmente inatingível. Isto por que amo. E é o amor o que me mantém em funcionamento, o meu sistema solar, a minha galáctica, o meu Deus, o meu tudo. E se assim não fosse, acredito, não teria qualuer sentido, norte ou sul, estrelas ou horas, proas ou miras; sem caminho fico à deriva imóvel, estagnada com ervas a crescerem-me pelos ouvidos, pés, mãos, olhos… a fixarem-me à terra.
Amo amar, sem medos ou âncoras no passado. Amo. Sentir um calafrio na espinha, um tremer de pernas, um corar de faces, um céu azul, uma lua cheia, umas estrelas brilhantes no céu, variáveis e números, um concerto, um(a) amigo(a), um livro aberto, um cheiro a madeira, um passeio a pé, uma boa conversa, uma fotografia, vários raios de sol a baterem-me na cara, uma praia deserta, uma música antiga, um toque de mãos, um abraço forte, um olhar intenso, um filme a preto e branco, uma pintura a carvão, uma viagem, um jantar, um tomar banho na praia à noite, um bom vinho, uma cigarrilha, uma grafonola, um passo de dança e a intensidade de um carpe diem… Amo amar e por agora só isso me basta. Será pouco?
Actualização: sim, é verdade, admito, estou na minha fase sixties... e depois? Há dias assim...simplex, depois muito exposta ao choque tecnológico de um carro
domingo, abril 02, 2006
Verbo: sonhar
domingo, março 26, 2006
Verbo: Ler (1)
Era uma vez uma mulher que tão depressa era feia era bonita, as pessoas diziam-lhe:
- Eu amo-te.
E iam com ela para a cama e para a mesa.
Quando era feia, as mesmas pessoas diziam-lhe:
- Não gosto de ti.
E atiravam-lhe com caroços de azeitona à cabeça.
A Bela Acordada
A mulher pediu a Deus:
- Faz-me bonita ou feia de uma vez por todas e para
sempre.
Então Deus fê-la feia.
A mulher chorou muito porque estava sempre a apanhar
com caroços de azeitona e a ouvir coisas feias. Só os animais
gostavam sempre dela, tanto quando era bonita como quando
era feia como agora que era sempre feia. Mas o amor dos animais
não lhe chegava. Por isso deitou-se a um poço. No poço,
estava um peixe que comeu a mulher de um trago só, sem a
mastigar.
Logo a seguir, passou pelo poço o criado do rei, que
pescou o peixe.
Na cozinha do palácio, as criadas, a arranjarem o peixe,
descobriram a mulher dentro do peixe. Como o peixe comeu a
mulher mal a mulher se matou e o criado pescou o peixe mal o
peixe comeu a mulher e as criadas abriram o peixe mal o peixe
foi pescado pelo criado, a mulher não morreu e o peixe
morreu.
As criadas e o rei eram muito bonitos. E a mulher ali era
tão feia que não era feia. Por isso, quando as criadas foram
chamar o rei e o rei entrou na cozinha e viu a mulher, o rei
apaixonou-se pela mulher.
- Será uma sereia ? – perguntaram em coro as criadas ao
rei.
- Não, não é uma sereia porque tem duas pernas, muito
tortas, uma mais curta do que a outra – respondeu o rei às
criadas.
E o rei convidou a mulher para jantar.
Ao jantar, o rei e a mulher comeram o peixe. O rei disse à
mulher quando as criadas se foram embora:
- Eu amo-te.
Quando o rei disse isto, sorriu à mulher e atirou-lhe com
uma azeitona inteira à cabeça. A mulher apanhou a azeitona e
comeu-a. Mas, antes de comer a azeitona, a mulher disse ao rei:
- Eu amo-te.
Depois comeu a azeitona. E casaram-se logo a seguir no
tapete de Arraiolos da casa de jantar.
Adília Lopes. OBRA – A Bela Acordada, pag 300. Edições Mariposa Azul. Lisboa 2001
segunda-feira, março 20, 2006
Diálogos reflexivos (14)
- Estou bem. Sabes uma novidade?!
- Não. Diz aí: casaste?
- Nada disso. Estou grávida! De 4 meses.
- Boa! Estás em união de facto...
- Não. Isto é uma produção independente.
- Ah... Fizeste 'isto' por inseminação artificial...
- Não! Foi mesmo com um homem. Só que é independente. A produção.
- Ah... ókeis pá. Não percebo nada sobre isso. Felicidades para produção. (dahhhhh é a evolução... estás a ficar velha) .
sábado, março 18, 2006
Fatos para as amigas
Adoro a roupa de Sarah Pacin. O trapinho leve, simples, adequado a qualquer ocasião e com uns efeitos cénicos que me impressionam. Faz-nos bem independentemente dos quilos que a balança regista, entre os limites do esquelítico ao obeso. Aqui, mesmo aqui, está presente a nova colecção, outros etecetras tais e as lojas. As lojas!
Post-it: ainda não ao virar da esquina, mas num outro lado também temos Crea Concept. Também gosto. Muito.
segunda-feira, março 06, 2006
Fatos para as inimigas
Estado activo
- CAPOTE;
- GOOD NIGHT, AND GOOD LUCK;
- MUNICH;
- BROKEBACK MOUNTAIN;
- CRASH.
Quanto aos senhores aqui em cima, eles raramente brincam em serviço, especialmente o brilhante Philip Seymour Hoffman. Para mim, estes serão os (meus) homens da noite; a concorrência não sendo forte, aborda também temas polémicos.
domingo, março 05, 2006
Estado de repouso
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
Encontro
Após atravessar um longo corredor, perpendicular a estantes com muitos livros reais, encontrei numa espécie de esconderijo várias tipas e muitos tipos (hummmm) a esgotar os lugares sentados e que de pé observavam-se na forma qual é o blogue desta tipa(o)?
Na tribuna encontravam-se Francisco José Viegas, Sofia Vieira, André Carvalho, Rita Silvério – as moçoilas a representarem o meu género. Sexual, claro está. Quando a Sofia começou a falar gritei: dá-lhes, vamos a eles! - gito logo contido pelos olhares reprovadores ao grito de gaja a desejar-se senhora calada. Elas falaram, falaram muito e bem mas, como sou uma tipa sincera, fiquei muito desiludida. Esperava uma reunião no formato Tapware com uma abordagem dinâmica sobre a construção de um blogue feminino. Ou seja, sobre o tipo de roupa vestem as blogueiras quando clicam no Publishh Post…, como classificariam o vestuário das blogueiras que se disponibilizaram a comparecer no encontro, como é que o período eminentemente pré mestrual afecta a elaboração dos posts, de que forma a ocupação de blogueiras tem afectado o equilíbrio emocional dos respectivos maridos e filhos, quais as consequências registadas na limpeza do lar após a leitura do suplemento comentários, de que forma o uso de saltos altos ou batom no dia-a-dia influenciam a construção pró-activa (é linda esta palavra, nova invenção Pró-moderna) do blogue… Temáticas deixadas de lado pela Rita e pela Sofia que preferiram falar objectivamente da sua experiência, não em estilo ziguezague mas na forma directas ao assunto, assuntos: comentários, leitores, temáticas, outros blogues de mulheres e, de homens e curiosidades… do interesse das moçoilas e dos moçoilos, como Pedro Mexia, considerado como o must exemplar masculino que a blogosfera merece.
No momento em que abordaram a achatada questão de censura aos sofridos comentários apagados pela blogueira, que deveria ser tolerante, conselheira, ouvinte pacífica - grande momento feminino -, comecei à cata do famoso alter-ego da Rita…Decoradas todas as características do potencial masculino e observado o radar dos olhares da esposa, consegui aproximar-me do exemplar. Analisei todas as suas curvas, especialmente o rabo e para provar um dos homens mais invejados, dei-lhe um valente apalpão. Mr. Pinheiro não disse nada. A Rita terá reparado- emitiu-me olhares não femininos mas felinos - e com a testerona a níveis elevados julgo, sem certeza, terá desejado primeiro dar-me um valente soco mas, mais adequado ao género, pensou que o melhor seria um valente puxão de cabelos. Bem, saí bem, disposta do encontro com o T.P.C. de arranjar uma foto de Javier Bardem nu, e a tempo; com a certeza de que estas divisões, em forma de pacotes, masculino/feminino levam-nos a portos pouco seguros. A abordagem sobre o que é de gaja e o que é de gajo julgo, pouco interessante. Pois, mesmo aqui em cima, à distância de um clique no next blog podemos observar exemplares a comprovar que não existem blogues femininos nem masculinos mas, pessoas em formato de blogue que podem ser de mulheres ou de homens, ou de heterossexuais ou de homossexuais ou de transsexuais ou do que lhes der na gana. Mas serão, obviamente, seres. Humanos. Que gostam muito. Muito de escrever. Nem que seja só com rasgos de imaginação.
sábado, março 04, 2006
Cat and Bat
Selina Kyle: Look! The cat is gone. There's nothing to be afraid of anymore. Now... It is your turn my darling, to take away my fear...
Bruce Wayne: I coudn´t...
Selina Kyle: I couldn´t...
Bruce Wayne: I had to...
Bruce Wayne: Selina! Oh god Selina, i almost lost you... But Crane... He's still out there... I should catch him...
Seline Kyle: Don't you always? It can wait.
Bruce Wayne: Yes... I suppose it can.
quarta-feira, março 01, 2006
Dedo no ar
"Down, down, down. There was nothing else to do, so Alice soon began talking again. `Dinah'll miss me very much to-night, I should think!' (Dinah was the cat .) `I hope they'll remember her saucer of milk at tea-time. Dinah my dear! I wish you were down here with me! There are no mice in the air, I'm afraid, but you might catch a bat, and that's very like a mouse, you know. But do cats eat bats, I wonder?' And here Alice began to get rather sleepy, and went on saying to herself, in a dreamy sort of way, `Do cats eat bats? Do cats eat bats?' and sometimes, `Do bats eat cats?' for, you see, as she couldn't answer either question, it didn't much matter which way she put it. She felt that she was dozing off, and had just begun to dream that she was walking hand in hand with Dinah, and saying to her very earnestly, `Now, Dinah, tell me the truth: did you ever eat a bat?' when suddenly, thump! thump! down she came upon a heap of sticks and dry leaves, and the fall was over. "
Lewis Carroll. Chapter 1 - Down the Rabbit-Hole in Alice's Adventures in Wonderland. [Em qualquer livraria perto de si].
Já disse
De regresso aos reflexos passados a ferro, lamento o desaparecimento de tais comentários, quase sempre de pessoas que desconhecia e desconheço, a transmitirem boa disposição. É uma pena… Ficaram na memória humana.
Por aqui nunca fiz malabarismos, nem truques de magia para aumentar visitantes. E a publicidade junto de amigos, familiares e conhecidos foi e mantém-se quase inexistente. Isto por que sempre quis que este espaço, talvez menos do que outros, fosse uma espécie de refúgio, onde colocaria o que me desse na real gana, sem relógios ou tempos apertados. Poucos são os amigos que o conhecem e alguns sabem perfeitamente o difícil que foi confessar, não propriamente num grupo de terapia: “eu também tenho um blogue”. Ok e depois?
Por enquanto continuo, não sei até quando, até quando considerar que este espaço é útil à minha comunicação ou à comunicação de um ego (filho da puta que por vezes pega-me algumas partidas). Com alguém, que pode mesmo ser e só imaginário. Pois de imaginação também deve viver a Mulher, nem que seja entre panelas e tachos, não é o meu caso, ou entre o solário e a Wellness Center, que também não reflecte a minha pessoa. Mesmo assim, imaginem. Por exemplo, eu costumo imaginar que este amigo está aqui tão perto. E não é que ele está mesmo?
terça-feira, fevereiro 28, 2006
sábado, fevereiro 25, 2006
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Estamos quites
domingo, fevereiro 19, 2006
Cinema Paraíso
Hoje fui ver um filme de outros tempos, dos loucos anos 20, de 1927, e fiquei mais uma vez deliciada pois, embora velhinho, em que das salas de cinema soavam, não grunhidos, mas violinos, trompetes, pianos, e palavras em tamanho máxi num écran, este filme coloca muitos dos actuais na lama, no sub-solo, nos limites da crosta terreste. Sunrise, realizado por F.W. Murnau, Aurora em Portugal, é um filme que possui doses suficientes de drama e romantismo, humedecidas em valores vintage, no estado dictómico de bem/mal; família/caso ilícito; campo/cidade; vida/morte... e que em poucos 106 minutos deixaram-me a salivar e a desejar ver mais e mais uma vez os inúmeros pormenores representativos de uma época: guarda-roupa, sentido estético, planos, efeitos... ; convertidos mais tarde em reflexos. Neste tempo que também é louco.
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Diálogos reflexivos (13)
- Não. Já não tenho. Mas tenho o Público, o Independente, o 24 Horas...
- Tem o jornal Diário de Notícias?
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
domingo, fevereiro 12, 2006
Intimidades
Fascinara-a a cor escura da sua pele, o olhar enlanguescido, fugidio, a extrema magreza do corpo alto, a ternura acentuada das mãos longas, o cabelo sedoso, caído sobre a testa.
Primeiro desejou impaciente tocar-lhe o peito, depois imaginou-lhe as nádegas ásperas, os ossos salientes das ancas, o sexo grande. E o seu corpo enrijeceu: os bicos dos seios, a língua, o clítoris, um sumo grosso a formar-se já no interior da vagina. E uma curtíssima vertigem fê-la vacilar em tudo nada, acabando por se encostar ao vão da janela onde os dois permaneceram imóveis, sentindo apenas a aproximação um do outro.
Os fluidos um do outro.
(...)
Mahler. Mónica tentava isolar-se, quando ouvia Mahler: o rosto escondido pelos punhos cerrados, a testa apoiada nas palmas das mãos. Quase gemia, mas ainda calava a suspeita daquilo que no seu coração se acoitava. Mahler. (...)"
Maria Teresa Horta. Mónica, in Intimidades. Publicações Dom Quixote.
sábado, fevereiro 11, 2006
Reflexo musical
Sous tes cheveux beaucoup trop blonds
Décolorés ça va de soi
T'avais une cervelle de pigeon
Mais j'aimais ça mais j'aimais ça
Au fond de tes grands yeux si bleus
Trop maquillés ça va de soi
T'avais que'que chose de prétentieux
Que j'aimais pas que j'aimais pas
J'avais la tignasse en bataille
Et les yeux délavés
Je t'ai culbutée dans la paille
T'as pris ton pieds
Adieu fillette
Nous n'étions pas du même camps
Adieu minette
Bonjour à tes parents
Tu m'as invité à Deauville
Dans ta résidence secondaire
Je m'suis fait chier comme un débile
Dans cette galère dans cette galère
Tu m'as présenté tes copains
Presqu'aussi cons qu'des militaires
C'était des vrais Républicains
Buveurs de bière buveurs de bière
Le grand type qui s'croyait malin
En m'traitant d'anarchiste
Je r'grette pas d'y avoir mis un pain
Avant qu'on s'quitte
Adieu fillette
Nous n'étions pas du même camps
Adieu minette
Bonjour à tes parents
Mais quand t'es rentrée à Paname
Super fière de ton bronzage
T'as pas voulu poser tes rames sur le rivage
C'est une image
Tu m'as téléphoné cent fois
Pour que j'passe te voir à Neuilly
Dans ton pavillon près du bois
Et j'ai dit oui et j'ai dit oui
J'suis v'nu un soir à ta surboum
Avec 23 d'mes potes
On a piétiné tes loukoums
Avec nos bottes
Adieu fillette
Nous n'étions pas du même camps
Adieu minette
Bonjour à tes parents
Faut pas en vouloir aux mariolles
Y z'ont pas eu d'éducation
A la Cour Neuve y a pas d'école
Y a qu'des prisons et du béton
D'ailleurs y z'ont pas tout cassé
Y z'ont chourravé qu'l'argentrie
Ton pote qu'y f'sait du karaté
Qu'est-ce qu'on l'ya mis qu'est-ce qu'on l'ya mis
Ton père j'l'ai traité d'enfoiré
Excuse auprès de lui
Si j'avais su que c'était vrai
J'y aurai pas dit
Adieu fillette
Nous n'étions pas du même camps
Adieu minette
Bonjour à tes parents
Maintenant j'ai plus envie d'causer
Tu dois déjà avoir compris
Qu'on est pas né du même côté
D'la bourgeoisie d'la bougeoisie
Arrête une minute de chialer
Tu vois quand même que j't'oublie pas
Je t'téléphone en PCV
De Nouméa de Nouméa
Ça fait 3 s'maines que j'suis bidasse
L'armée c'est une grande famille
La tienne était moins dégueulasse
Follement la quille
Adieu fillette
Nous n'étions pas du même camps
Adieu minette
Bonjour à tes parents.
Renaud
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Cartoons convertidos em caprichos
As reacções violentas promovidas por um cada vez mais perigoso fundamentalismo islâmico radical, filhos da puta, que entre muitas outras coisas desejam ver TODAS as mulheres de burka, com soiotes até ao pescoço e disponíveis a serem pontapeadas, por causa de uns cartoons da merda, ofenderam-me, revolveram-me o estômago e provocaram-me o vómito, com sofrimento. Mas ser obrigada a ficar de cócaras, frente a um conjunto de cães com raiva, comandados por uma campainha, e proferir desculpem-me por aqui sermos livres e fazermos estas coisas div…horríveis – envergonha-me e ofendem-me ainda mais enquanto cidadã europeia livre e perante toda a história de conquista de liberdades.
Depois de Kant, Rousseau, Locke e Tocqueville, entre muitos outros, deixarem-nos a mensagem tentem ser felizes e de Nietzsche ditar morte a Deus, não posso consentir que uns gajos que só reconheço em actos terroristas, violações várias às mulheres, decapitações a pessoas inocentes… digam-me como um menino mau com birra, destruindo embaixadas e incendiando bandeiras que, afinal, não posso meter conversa com Maomé.
segunda-feira, janeiro 30, 2006
sábado, janeiro 28, 2006
Diálogos reflexivos (12)
- Três.
- Aproveita para ler. Tens livros?
- Não. Tenho a minha filha.
quinta-feira, janeiro 26, 2006
Fim-de-semana
Cinzentismo
domingo, janeiro 22, 2006
El salvador
sábado, janeiro 21, 2006
A Lua
Passados tantos anos da primeira aterragem sobre a sua superfície, em 20 deJulho de1969, a Lua continua ser o único único corpo extraterrestre a receber uma visita humana e, apesar de algumas pessoas ainda duvidarem do feito, é o único corpo em que as amostras do seu solo foram trazidas para a Terra. Para lá de tudo, a Lua continua a fascinar e adoramos olhar para ela. Quem é que não gostaria de ir à Lua? Eu adoraria, talvez iluminada pelo Sol. Numa boa fase.
terça-feira, janeiro 17, 2006
Absurdos
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Já não fumo há uma semana
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Bom ano
Estou ainda comprimida depois de ter passado as últimas horas com gripe a temperaturas elevadas.
Há menos de uma semana estava esticada no sofá a tentar olhar para um televisor com inúmeras imagens, quase as mesmas da passagem do ano anterior, sob o efeito do Gorosan, em fase ascendente à normalidade. Mas, normal não seria o retorno forçado ao trabalho, só com um dia de recuparacion pois os tipos da segurança social andam aí, eles andam aí… Ainda pensei recrutar via SMS alguns camaradas para uma suposta manif. em prol dos direitos humanos da mulher e homem ocidentais pois, se se fazem neste país pontes para tudo, deveríamos ter direito a uma espécie de ponte mas ao contrário, isto é, em vez da ponte entre os dias da semana de trabalho e o fim-de-semana de diversão, alegria, paz e sossego, a ponte seria nestes casos especiais entre um fim-de-semana de trabalho e alegria, bebida, passas e foguetes e … e… o que cada homem e mulher quiserem e, uma semana de trabalho que obviamente iniciar-se-ia no mínimo TERÇA-FEIRA. Contudo, os meus camaradas disseram-se que já possuiam atestados passados há uma semana, e umas tias mortas e, assim sendo, nada de mostras públicas.
Logo, na segunda-feira, fui forçada a transportar pelas ruas de Lisboa o meu corpo moribundo, a usar métodos impróprios para manter as pálpebras abertas e a executar várias estaladas em mim própria; para sem direitos o dever cumprir. O ar executivo, a postura habitual em estado super vertical, o estatuto e obviamente o hálito, ai o hálito, que demoraram provavelmente em alguns casos décadas a conquistar, correram sérios riscos de entrar em queda livre numa situação de crash, a inflaccionar (negativamente) um ano de trabalho. Foi um verdadeiro desastre. Felizmente as festas e anexos foram encerradas na sexta-feira.